Stone anuncia cerveja para ajudar vítimas do Tsunami no Japão

on 12 de julho de 2011



A mais nova cerveja da Stone, a "Japanese Green Tea IPA" foi lançada ontem, em uma parceria da Cervejaria Stone com as japonesas Ishii Brewing Co. e Baird Brewing Co.

"Queríamos que a cerveja tivesse espírito japonês, então decidimos desde o começo que usaríamos chá verde na receita" explica Bryan Baird.
"Decidimos brassar uma IPA para acentuar o caráter herbal do chá verde", adiciona Mitch Steele, cervejeiro da Stone.  "Mas não será a típica IPA cítrica encontrada na costa oeste dos EUA.  Usamos Sorachi Ace, uma variedade de lúpulo originada no Japão, assim como Pacífica, Crystal, Warrior e Aramis, nova variedade proveniente da Alsácia, região da França."



Todo o lucro (mínimo de 50 mil dólares) será doado à Cruz Vermelha Japonesa.  "Esperamos que o Japão e o seu povo se erguerão da tragédia do tsunami mais fortes do que nunca" explica Ishii.
"Uma cerveja em colaboração como essa é uma maneira para mostrar ao Japão que eles não estão sozinhos", diz Baird.  "Eles tem amigos, simpatizantes e ajudantes no mundo todo."

Brasil Brau 2011

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Brasil Brau é uma feira internacional de tecnologia em cerveja que ocorre de 2 em 2 anos.  Inicialmente apenas para pessoas do meio, esta última edição abriu o "Degusta Beer" (espaço com estandes das cervejarias apresentando suas cervejas para degustação) ao público mediante a pagamento de ingresso.

Eu estive nas edições de 2007 e 2009 e posso dizer que o crescimento da feira é notório, o que demonstra que a expansão do segmento micro-cervejeiro no Brasil é alto, mesmo com altos impostos, burocracia e o não-incentivo por parte do governo.

Reunião das diretorias estaduais das Acervas
Alguns marcos para os cervejeiros caseiros:

  • Aproximação das diretorias estaduais e a criação da Acerva Brasil.  A reunião durou pouco mais de 2 horas e pudemos discutir principalmente o papel e a filosofia de uma Acerva unificada.  Ainda há muito por fazer, mas  esse foi um grande passo para o futuro da cerveja caseira no Brasil.
  • Reunião com a Agrária para termos uma melhor distribuição de insumos, facilitando a obtenção dos produtos da Weyermann e reduzindo seu custo.
  • Conversas com o pessoal da Abrabe, Senai, Senac e Sebrae-SP nos mostram que o nosso movimento está sendo levado a sério por essas entidades, o que nos ajudará a crescer e difundir a cultura cervejeira.
Segue algumas fotos da feira:


Estande da Acerva Brasil e alguns de seus diretores
Brasil Brau 2011
Estande da Eisenbahn

Principais lojas para cervejeiros caseiros

on 4 de julho de 2011

BRASIL
-  WE Consultoria  - RS
-  A Turma - Cerveja Artesanal - SP
-  Pier 1327 (parceria com A Turma) - SP
-  Cervejando.com - BA
-  Bodebrown - PR
-  Sinnatrah - SP
-  Beer Lovers - SP
-  Lamas Brew Shop - SP
-  Cia da Cerveja - SC
________________________________________________________________________________
-  Acepil (conexões em aço inox e outros)
-  Chopeiras Memo (chopeiras e conexões)
-  Oximaster (cilindros e reguladores de CO2)
-  Egsa (tanques de CO2 de alumínio)


EUA
-  Morebeer
-  Chicompany
-  High Gravity
-  Northern Brewer (Não envia para o Brasil)
-  Midwest


ARGENTINA
-  Minicerveceria
-  Todocerveza
-  BAB
-  Cervezas hechas en casa


BÉLGICA (europa continental)
- Brouwland


IRLANDA
-  Grape ´n´ Grain
-  Homebrew Centre


INGLATERRA
- Art of Brewing
- Brew UK



APENAS LÚPULOS
BRASIL



EUA
-  Hops Direct
-  Niko Brew
-  A Ton Of Hops



FERMENTOS LÍQUIDOS

BRASIL
-  Lamas Brew Shop - SP



EUA
-  Northern Brewer (Não envia para o Brasil)
-  Midwest


Inclusão das Micro Cervejarias no Simples Nacional

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Durante o 6º Concurso Nacional de Cervejas Artesanais organizado este ano pelo Acerva Catarinense o Dep.  Federeal Jeronimo Goergen do RS fez uma palestra-debate sobre o Simples e as possíveis mudanças futuras. O Dep. Jeronimo é o relator da lei do Simples e esta apoiando a inclusão das microcervejarias no SIMPLES federal.
A partir desta palestra-debate foi formulada a CARTA DE FLORIANÓPOLIS, que recebemos do amigo Jorge Henrique Glitzer da Acerva Gaúcha, com o intuito de reforçar o pedido para que as microcervejarias se enquadrem no SIMPLES. A carta segue abaixo, e se você quiser ajudar a Cultura Cervejeira Brasileira, ajude a difundir ela entre seus amigos, contatos e etc... :

CARTA DE FLORIANÓPOLIS.

                As Microcervejarias e cervejeiros caseiros, reunidos no 6º Encontro Nacional de Cervejas Artesanais, nos dias 23 a 26 de junho de 2011, na Cidade de Florianópolis, querem se manifestar sobre a alta tributação do setor:
                   Nos últimos 8 anos vivemos o renascimento das cervejas artesanais no Brasil. Hoje, o País tem mais de 200 microcervejarias espalhadas por todo o Brasil.
                     As microcervejarias se caracterizam por produzir cervejas regionais, em pequenos volumes, muitas vezes refletindo a cultura da região e explorando sabores e estilos que não são produzidos pelas grandes indústrias cervejeiras.
           Estamos vivendo o renascimento desta cultura no Brasil, inclusive criando uma nova escola cervejeira que já é reconhecida no mundo pela sua qualidade. Isso é resultado do trabalho e dos investimentos das microcervejarias e dos cervejeiros caseiros que colocaram o nosso país no mapa das cervejas artesanais de qualidade. Isso é comprovado pelo reconhecimento internacional, nos últimos anos, através dos vários prêmios conquistados nos cinco continentes pelas cervejarias artesanais brasileiras. Ou seja, o Brasil está sendo reconhecido pela qualidade das suas cervejas – principalmente pelas artesanais.
           Entretanto há um paradoxo: o setor enfrenta um grande desafio para se manter e até se expandir, que é a tributação. Hoje 2/3 do preço de uma cerveja artesanal é composto por tributos. Como a estrutura das microcervejarias é a de pequenas e micro empresas, não tendo ganho em escala, o empreendimento se torna inviável.
            Para se ter uma idéia do que representa essa carga tributaria, se uma cervejaria produzir 10.000 litros por mês, ela paga de tributos o referente a 6.000 litros, sobrando 4.000 litros para pagar matéria-prima, funcionários, instalações, remuneração do investimento, etc.. o que torna inviável o negócio.
          Na microcervejaria, os custos de matéria-prima são muito mais elevados do que nas grandes cervejarias, pois aquelas se utilizam apenas de materiais de qualidade, adquiridos em pequenas quantidades e quase sempre importadas, já que os nacionais são monopolizados pelas grandes empresas do setor.
         Apesar de as microcervejarias se enquadrarem perfeitamente como micro empresas e empresas de pequeno porte, elas são impedidas de optarem pelo Sistema Tributário “SIMPLES”, da mesma forma que as distribuidoras de cerveja, prejudicando mortalmente a sua sobrevivência financeira.
         Hoje o mercado das cervejas artesanais não ultrapassa 0,04% do total das cervejas vendidas no país, ou seja, um beneficio fiscal não representaria perda de arrecadação, pelo contrario, iria incentivar o setor a aumentar a produção. O exemplo é o Estado de SC que, apesar de reduzir a alíquota de ICMS, arrecadou R$ 336.000,00 de ICMS no ano de 2006 e já no ano de 2010 atingiu a cifra de R$ 800.000,00.
      Outro forte argumento é a empregabilidade. As pequenas cervejarias geram muito mais postos de trabalho que as cervejarias de grande porte. Enquanto em uma microcervejaria é gerado um emprego para cada 50.000lts produzidos por ano, nas grandes cervejaria é gerado um emprego para cada 1.000.000 de litros ano.
                     Alguns olham o setor de forma equivocada, achando que conceder benefícios fiscais significa incentivar a bebida alcoólica, um produto politicamente incorreto. Mas é importante frisar que as microcervejarias não estimulam a ingestão de quantidade, e sim de qualidade, fato similar que ocorre com a indústria do vinho.  A cerveja artesanal é, em geral,  mais cara que uma cerveja comum porque seus custos de produção são diferentes, o que cria uma barreira natural ao consumo em grande quantidade.
          As microcervejarias estão gerando uma cultura cervejeira no Brasil, retomando a história que foi interrompida há algumas décadas quando os grandes grupos adquiriram as pequenas cervejarias. As microcervejarias artesanais proporcionam o incremento da indústria do entretenimento, hoteleira, gastronômica, turística, etc. Muitas cidades têm orgulho de terem uma microcervejaria hoje em dia.
           Não há como contestar que a cerveja tem acompanhando a humanidade há mais de 6.000 anos, tratando-se da terceira bebida mais consumida no mundo – atrás da água e do chá - mas é considerada como alimento, devido ao seu alto teor de carboidratos, sendo por isso intitulada pão líquido. 
 Ao contrário das grandes cervejarias, as microcervejarias têm sua produção artesanal, algumas com estrutura familiar, personalizadas, com a criação e desenvolvimento de estilos e receitas próprias.
Outra diferença é a variedade de sabores e tipos de bebida oferecidos pelas microcervejarias. Trata-se de produto único, que tem um público específico voltado à gastronomia, além de fomentar a economia e promover a geração de empregos, pois a relação pessoal empregado pelo volume de produção é muito superior nas microcervejarias.
          O setor das Cervejas Artesanais também desenvolve o setor da indústria de equipamentos, distribuição e revenda de bebidas, além da criação de cursos profissionalizantes de técnicos cervejeiros, mestres cervejeiros, beersomelier, etc. Ou seja, existe uma grande cadeia econômica beneficiada.
          Sabemos que o mundo da Cerveja Artesanal é desconhecido para uma grande maioria das pessoas do nosso País, mas para desenvolvê-lo com qualidade é necessário a redução da carga tributária. Para a sobrevivência do setor, o primeiro passo seria a abertura da opção pelo regime do SIMPLES para o mercado cervejeiro (fábricas e distribuidores).
            Pela importância econômica e cultural do setor, vimos por meio desta solicitar a atenção de vossas senhorias para que as Microcervejarias sejam incluídas no SIMPLES, para que assim possam ter uma carga tributaria justa.

Elaboração de receitas

on 15 de junho de 2011

A elaboração de uma receita do zero requer bastante sensibilidade e ajustes.  Muitos cervejeiros profissionais vão falar que acertaram a receita na primeira ou segunda vez que a brassaram.  Eu acredito que isso não pode ser tornado como verdade, uma vez que muitos outros disseram que precisaram de 25 pra acertar.



Nós cervejeiros caseiros temos acesso a uma infinidade de receitas prontas, renomadas e que já foram testadas várias vezes.  Enquanto ainda um cervejeiro iniciante, acho bom poder utilizar dessas receitas para apenas melhorar a parte técnica da produção.  Um grande cervejeiro caseiro uma vez me disse "Para aprender a fazer cerveja, produza a mesma receita 10 vezes seguidas".  Concordo plenamente.

No entanto os cervejeiros profissionais precisam elaborar receitas que serão únicas e com a filosofia da cervejaria, sem se basear em outras cervejas já existentes.  Além de requerer um conhecimento um pouco mais avançado, o cervejeiro tem que saber que tipos de sabores está procurando e como será o balanço final da cerveja, qual ingrediente quer usar, se está mirando em algum estilo, qual a característica da fermentação, etc.

Uma das melhores abordagens sobre o assunto foi feita por Ray Daniels, em seu consagrado livro "Designing Great Beers".  Basicamente o que ele faz é comparar estatísticas das cervejas provadas exclusivamente na 1a.  e 2a. fase do NHC (National Homebrew Competition) com os dados históricos e de estilo e agrupa dado semelhante.  Por exemplo, mostra a porcentagem de cervejas tipo robust porter que avançaram para a 2a. fase do NHC usando apenas malte chocolate com outro grupo que usa malte chocolate e também o malte preto (black patent), com um terceiro grupo que adiciona além dos 2 já mencionados a cevada torrada e não-maltada.  Agrupa as OG´s em porcentagem na 2a. fase, tipos de fermento, amargor, tipos de lúpulo, se usou malte caramelo ou não (e quanto) etc e etc..
Desse modo ele cria um gradiente de tendências para o estilo e onde ele se encaixa nas bases históricas.

O "legado" que esse livro e jeito de pensar nos deixa é o de entender cada ingrediente como uma contribuição de sabores e complexidade para a cerveja final.  E não apenas "vou jogar esse malte na mostura porque ele tem um cheiro bom".  Partindo desse princípio é interessante construir uma cerveja partindo do malte base e adicionando "camadas" de maltes especiais e torrados na proporção desejada (e crescente:  se faltou, no próximo ajuste adicionar mais).  Aí entra arte, experiência e conhecimento de ingredientes do cervejeiro.

Um bom exemplo de elaboração de receitas segue no vídeo da ainda não lançada cerveja em colaboração das cervejarias Deschutes e Boulevard, dos EUA.  Veja com atenção como foi o processo de criação de uma cerveja totalmente experimental e ousada em combinar lúpulos com temperos (tarefa difícil):
























No caso de um cervejeiro iniciante, a sugestão seria então fazer uma primeira leva com apenas malte base.  Segunda leva com malte base + 1 levemente torrado (Vienna, Munich, Amber, Biscuit, Victory, etc..).  Mudar esses maltes e suas proporções para se perceber as diferenças de gostos.  Depois adicionar uma quantidade significativa de malte caramelo e por último "brincar" com os maltes torrados.  Sempre provando os ingredientes durante todo o processo e o resultado final.

A vantagem de usar a filosofia de se "fazer 10 levas seguidas da mesma cerveja" pode ainda ser estendida após essa sequência.  De modo que a 11a. tenha o ajuste de por exemplo, 3-5% a mais de malte caramelo ou então pequena adição de dry-hopping.  Só assim uma receita terá chance de evoluir de maneira a corresponder às características-alvo do cervejeiro e à finalidade com que ela foi projetada.






Cerveja em 7 dias..

on 14 de junho de 2011


No final das contas, se eu tivesse a grana, não compraria essa "cervejaria".  Muitas razões pra isso.  Não quero estender um post que tem tudo pra ficar gigantesco se eu for listar as desvantagens.  

Quais são as principais vantagens?
-  Facilidade/rapidez
-  Não faz sujeira

E as principais desvantagens:
-  Qualidade
-  Preço (não apenas do equipamento, mas também dos insumos)
-  Poucos parâmetros para ajustar a receita (apenas temperatura e kits diferentes), cerveja sem personalidade.

E você?  O que acha dessa cervejaria?  O que faria se ganhasse uma de presente?

Vale a pena fazer cursos de cerveja?

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Sim, vale.  O que não vale a pena é gastar com os preços abusivos que todos estão praticando.  Alguns cursos chegam a custar R$400,00.  Os mais baratos saem por R$200,00.  Falo especificamente dos cursos de 1 dia, oferecido por cervejeiros caseiros com um pouco mais de experiência (às vezes nem isso).  Com a explosão que está sendo essa história de fazer cerveja em casa, a qualidade sofre.

O que muito converso com outros cervejeiros caseiros é que a maioria das pessoas que tem esse dinheiro prefere gastar em um curso de um único dia a comprar livros e buscar informações que são de domínio público (ie, internet) pois "é mais fácil".  Com um 'diploma' na mão existe uma certa ilusão que estão aptos a fazer cerveja.  Na verdade todos estão.

O que irá separar os bons cervejeiros caseiros dos ruins, além do conhecimento teórico, é a prática.  Prática essa que acontece ao se fazer (e não apenas assistir) cerveja pela primeira, segunda, décima vez..., e não da primeira.  E mais importante ainda é o conhecimento do próprio equipamento e ferramentas usadas.  Se por exemplo pegarmos um cervejeiro caseiro renomado e que produz excelentes cervejas, e mudarmos ele de ambiente para um novo equipamento, ele precisará de pelo menos umas 5 brassagens para se habituar e se acostumar com os novos volumes, queimadores, trocadores de calor, fonte de água, etc..  Concluo então dizendo que para se tornar um bom cervejeiro caseiro, é necessário botar a mão na massa.

Conjunto básico de equipamentos  para cervejeiros caseiros
E aquele conhecimento teórico que os cursos prometem dar ao aluno em um único dia de aula, muitas vezes em 4 horas ou menos?  Esse conhecimento você pode adquirir de um zilhão de formas diferentes, procurando na internet, comprando livros, entrando em fóruns, perguntando para cervejeiros mais experientes, pegando as inúmeras apostilas que se tem por aí etc..  O próprio John Palmer, autor do livro "How To Brew", colocou a primeira edição do seu livro grátis na internet.  E se o fato do livro ser em inglês atrapalhasse, cervejeiros caseiros daqui se uniram no passado e traduziram essa mesma versão do livro em português.  O link do livro em português está AQUI. 

Pra finalizar, eu posto aqui algumas maneiras de se gastar os R$300,00 que custam, em média, os cursos para cervejeiros caseiros iniciantes.



  • OPÇÃO 0: How to Brew
     - Torre os R$300,00 em cerveja
     - Leia, re-leia e estude o livro "How to Brew", do John Palmer (grátis).


  • OPÇÃO 1:  Literatura.(requer inglês)
                    -  6 livros de cerveja caseira na Amazon.com por ~R$200,00, incluído frete
                    -  Assinatura de 1 ano da revista BYO por aproximadamente R$80,00 (8 exemplares)

  • OPÇÃO 2:  Associações
     - Associe-se a um grupo de cervejeiros locais.  Acerva Paulista no caso de São Paulo:  1 ano por R$240,00, 6 meses por R$135,00.  Ou outras Acervas em outros estados.
     - Faça todo tipo de pergunta nas listas e fóruns de discussão.
     - Vá aos encontros de sócios, deguste cervejas e tire suas dúvidas.
   - Use a sede, equipada para brassagem para fazer a sua cerveja mesmo que você não tenha comprado equipamentos.
     - Encontros técnicos na sede, brassagens coletivas e análises sensoriais.
     - Conheça outros sócios e ajude-os em uma brassagem no equipamento deles.  Pergunte o que ele mudaria, quanto gastou, o que recomenda.


  • OPÇÃO 3:  Não desistiu da idéia de fazer um curso?

      - Faça o workshop da Acerva Paulista (R$250,00), pois como a associação é sem fins lucrativos, esse "lucro" irá se converter em infra-estrutura em sua sede, como chopeiras, torneiras e insumos para cervejas da associação.
     - Associe-se por 2 meses (R$50,00) e desfrute dessa infra-estrutura, tomando várias cervejas caseiras produzidas pelos seus associados, discutindo cerveja com os sócios e todas as outras vantagens já faladas na opção 2.

Mais uma propaganda genial

on 13 de junho de 2011

Aqui vai a propaganda da cerveja Hahn Super Dry, paródia de um outro comercial da Trumer chamado "Trumer Beer Machine", também muito bem feito.  Porém, a propaganda da Hahn vai além e incorpora alguns elementos cômicos e que te fazem querer beber a cerveja.  Tire suas conclusões assistindo ambos os comerciais.


Trumer Beer Machine




Hahn Super Dry

Infográfico: Cervejarias nos EUA

on 30 de maio de 2011


Este infográfico mostra o total de cervejarias nos EUA, assim como a evolução da produção (em barris), desde 1800 até 2010.

Em 1800 haviam por volta de 200 cervejarias.  Rum e outros destilados reinavam, e os Estados Unidos tinham 14.000 destilarias.   A introdução da Pilsen em 1842, junto com uma leva de imigração Alemã e Européia ajudadas pela revolução industrial, fez os números crescerem constantemente até aproximadamente 1850, quando tudo virou de cabeça pra baixo. Desse ponto em diante, o crescimento de cervejarias nos EUA poderia apenas ser classificada como meteórico.  Depois da poeira baixar, duas décadas depois, o número de cervejarias atingiu um pico em 1873 com 4131.  Consolidação das maiores junto com outros fatos, diminuiu esse número à metade por volta de 1900 e foi reduzida à zero anos depois, graças aos fanáticos proibicionistas com a Proibição de 1919.

Mesmo depois do término da Proibição 13 anos depois, a cena cervejeira nunca retornou a nada parecido com seus dias de glória do final do séc. XIX.  Ambos o mundo dos negócios e o mundo em geral mudaram muito - especialmente depois da 2a. Guerra Mundial - e as facções anti-álcool não admitiam derrota, mudando a tática e continuando a atacar o álcool usando estratégias que continuam certas até os dias de hoje.

O ponto baixo foi por volta de 1980, quando meras 44 cervejarias produziam uma quantidade violenta de cerveja, grande parte tendo absolutamente o mesmo gosto.  Desde aqueles dias, a produção de cerveja aumentou apenas vagarosamente, mas mais promissor foi o aumento do número de microcervejarias, que começou com a "Microbrewery Revolution" em 1976 ( e que teve suas origens em São Francisco - 1965).   Hoje, os EUA estão com quase 1800 cervejarias, o maior número desde a virada do século passado.  E de acordo com o "detetive" da Brewers Association Erin Fay Glass, existem 600 novas cervejarias em vários estágios de implantação.  Nessa velocidade haverão 2.000 cervejarias logo, e possivelmente ainda esse ano.  Um brinde!!

1a. prova do BJCP no Brasil

on 29 de maio de 2011

Os candidatos a jurados do BJCP fizeram a prova em Porto Alegre, com a supervisão dos já certificados Martín Boan e Carolina Pérez, ambos da Argentina.

A primeira prova do BJCP aplicada no Brasil foi feita no sábado, dia 28 de maio.  Entre os corajosos candidatos, estava eu, que realmente acredito que a organização e estrutura do BJCP irá ajudar e muito em competições e avaliações de cervejas (principalmente caseiras) aqui no Brasil.

Não sabe o que é o BJCP?  CLIQUE AQUI 

A prova consistia de 10 questões teóricas (com peso de 70% da prova) e 4 amostras de cervejas, que totalizam os outros 30%.  Para passar na prova, 60%.  Notas acima de 70% e 80% recebem rankings mais elevados.  São 3 horas-limite que a princípio parecem bastante, mas é praticamente o fator principal que define a nota.  "Um bom jurado tem que saber avaliar cervejas e ser o mais conciso possível", segundo Gordon Strong, presidente da organização.

Antes da prova, instruções e mais instruções.  Ficamos aproximadamente 1h30 discutindo e levantando nossas dúvidas, que o Martín e a Carolina responderam pacientemente.  Com tudo pronto e com pão e água para ajudar a limpar o palato entre as amostras, começamos a prova.  Durante a prova, e a cada meia-hora, recebíamos amostras para analisar de acordo com um estilo pré-determinado.  Eles foram:  Bohemian Pilsner, American Pale Ale, Robust Porter e English Barley Wine.  Poderiam ter defeitos, poderiam estar fora do estilo ou poderiam ser excelentes.  Cabia a nós jurados corretamente analisá-las, destacar os aspectos positivos e negativos, dar sugestões para melhorar os defeitos ao cervejeiro e dar uma nota geral para cada cerveja.  Quanto menor a diferença de pontuação dada pelos candidatos às avaliações dos examinadores (no caso o Martín, Carolina e Leonardo Sewald), melhor a nota.  Além dessa diferença, os quesitos de percepção, descrição e feedback também serão contabilizados na nota prática.  

Candidatos "sofrendo" durante a prova
Com tão pouco tempo, muitos de nós não conseguimos completar todas as questões, eu inclusive.   Resta agora aguardar a correção e o recebimento das notas, que pode demorar bastante.  As provas são enviadas para os EUA e divididas entre 2 examinadores, que não se conhecem e não tem conhecimento dos candidatos.  Elas então são minuciosamente corrigidas e comparadas entre esses dois avaliadores, chegando em uma nota final.

A impressão geral entre todos os candidatos é que tal prova, inédita no Brasil, é de suma importância para o desenvolvimento da cultura cervejeira, para melhorar o nível das avaliações e feedback para os cervejeiros caseiros.  Já estamos mirando em uma segunda prova, e para isso grupos de estudo seriam interessantes.  A organização e estruturação de competição também foram estudadas por todos nós.  Estaremos aplicando nossos conhecimentos para os futuros concursos aqui no Brasil.

Heineken espera concluir compra da Schincariol até junho

on 23 de maio de 2011


A Heineken espera fechar, entre o final deste mês e o início de junho, a aquisição da Schincariol.Segundo um executivo envolvido nas negociações, as duas empresas discutem os detalhes finais da proposta, incluindo pontos como a participação dos atuais sócios da Schin na tomada de decisões da companhia após a concretização do negócio. Há pouco mais de uma semana, a Heineken contratou uma linha de crédito de US$ 2,9 bilhões, o que aumentou os rumores de que a companhia estava se preparando para fechar a aquisição da cervejeira nacional.

Foto: Divulgação
Com Schincariol, Heineken pode melhorar sua rede de distribuição no País
Sob o comando dos irmãos Adriano e Alexandre Schincariol, que detêm 51% das ações da empresa (os outros 49% estão nas mãos dos primos Gilberto Schincariol Junior e José Augusto Schincariol), a Schin vem sendo disputada pela holandesa Heineken, a sul-africana SABMiller e a dinamarquesa Carlsberg. De acordo com fontes de mercado, a proposta final da Heineken foi de US$ 2 bilhões, contra o US$ 1,8 bilhão oferecido pela SABMiller.
Concretizada, a transação levaria a Heineken – que hoje tem menos de 10% de participação no mercado brasileiro - a saltar da quarta posição para o segundo lugar no ranking das maiores fabricantes no País. “Para a Heineken, a aquisição da Schincariol representa uma excelente oportunidade de equacionar sua rede de distribuição, que é muito fraca em restaurantes, bares e botequins”, diz o executivo.
Ao fechar a aquisição, a holandesa leva ainda um parque fabril que é considerado um dos mais modernos do Brasil no mercado de cervejas. Com oito fábricas antigas, “do tempo da Kaiser”, diz o executivo, a Heineken tem muito a ganhar ao somar as 14 plantas da Schin, que, além de mais novas, são bem localizadas. “A localização das fábricas da Heineken não está de acordo com a demanda do mercado. Plantas que produzem garrafas estão próximas de mercados consumidores de latas e vice-versa”, diz.
Procuradas pelo iG, Heineken e Schincariol informaram, por meio de suas respectivas assessorias de imprensa, que não iriam se pronunciar.
Fonte: iG

Medalhas Brasileiras no Australian International Beer Awards

on 21 de maio de 2011



As medalhas brasileiras no AIBA-2011 (Australian International Beer Awards) foram para:


CERVEJAS EM GARRAFA:


-  DARK LAGER

  • Eisenbahn - Dunkel - Prata
  • Bamberg - Munchen - Bronze
  • Bamberg - Schwarzbier - Bronze
-  OTHER LAGER: OKTOBERFEST, MARZEN, VIENNA, AMBER, BOCK
  • Bierland - Bock - Bronze
  • Devassa - Devassa Bem Loura - Bronze
  • Eisenbahn - 5 - Bronze
- BRITISH PALE ALE:
  • Bierland - Pale Ale - Bronze
- OTHER ALE
  • Baden Baden - Red Ale - Silver
- DRY STOUT
  • Baden Baden - Stout - Bronze
  • INAB - Negra Colônia - Bronze
- ABBEY STYLE, DUBBEL, TRIPPEL
  • Eisenbahn - São Sebá - Bronze
-  SMOKED BEER
  • Bamberg - Rauch Bier - Bronze
-  WOOD AGED BEER
  • Bamberg - St. Michael - Bronze

Prêmios não-recebidos:

- OTHER LAGER: OKTOBERFEST, MARZEN, VIENNA, AMBER, BOCK
  • Dama Bier - Munchen
- PILSNER
  • Dama Bier - Pilsen
-  IPA 
  • Dama Bier - IPA





Vale a pena dizer que os prêmios dessa competição são dados por nota de corte, ou seja, várias medalhas de bronze podem ser distribuídas às cervejarias que atingem a pontuação necessária para tal medalha, mesma coisa acontecendo para as medalhas prata e ouro.  Interessante notar algumas cervejarias "intrusas" e de massa brasileiras:  Devassa Bem Loura teve nota suficiente para medalha de bronze na categoria "Other Lager: Oktoberfest..." e a Negra Colônia em Dry Stout.


Mesmo assim, é interessante ver algumas cervejarias brasileiras já serem figuras carimbadas em competições como essas.


Ainda acho que existe um pouco de falta de critério nesses concursos, e não gosto da idéia de ter mais de uma medalha por categoria (muito mais de bronze do que de qualquer outra coisa).  Acharia muito mais interessante se as 3 primeiras cervejas apenas fossem classificadas como ouro, prata e bronze.  E só.....  Mas essa é a minha opinião pessoal...  


Mais uma vez, parabéns às cervejarias brasileiras que conseguiram prêmios!!

Stone Brewing anuncia expansão de 26 milhões de dólares

on 19 de maio de 2011

A Cervejaria Stone, localizada no estado americano da Califórnia, anunciou ontem um projeto de expansão de 26,6 milhões de dólares, a serem terminados no máximo até o final de 2012.  Alguns desses projetos já foram iniciados.  Esse anúncio veio mesmo com o plano de abrir uma cervejaria na Europa (Berlin ou Bruxelas).  As principais mudanças serão:

  • Restaurante para 400 pessoas em San Diego, completo com pistas de bocce, espaço para cinema a céu aberto, biergarten de 1700 m² e uma pequena cervejaria.
  • Expansão na planta principal (em 'Escondido'), dobrando sua produção e ter capacidade de produção de 585 mil hectolitros por ano (para se ter uma idéia, as maiores cervejarias artesanais do Brasil giram por volta de 5 mil hectolitros/ano)
  • Construção de uma fazenda de 7,5 hectare para produção de produtos orgânicos para seus dois restaurantes.
  • Construção de uma loja de distribuição de cervejas em South Park vendendo garrafas, kegs e growlers.



Números da Stone

Fundação: 1996
Produção em 2010: 135.00 hectolitros
Produção em 2011 (est.): 175.000 hectolitros
Capacidade após a expansão (2012): 585.000 hectolitros
Ranking Nacional entre as cervejarias artesanais (baseado em vendas, 2010): 14th
Ranking Nacional mais próximo de uma cervejaria de San Diego: Karl Strauss, 44th
Funcionários: 379
Vagas de trabalho: 42
Novos empregos que serão gerados: 250
Receita (2010): US$62 milhões
Receita (2011 est.): US$75 milhões
Cuidar de meia dúzia de projetos simultaneamente, adicionar 250 funcionários, adquirir 14 hectares, construir mais de  11.000 m² de espaço de trabalho e gastar 27 milhões parece ser imprudente.  "Mas é o nosso momento agora como cervejeiros artesanais," disse o co-fundador e mestre-cervejeiro Steve Wagner.
Bocce?
"É um ótimo esporte" disse Greg Koch, CEO da Stone, "que você pode fazer com apenas uma mão..."
"...De modo que você possa segurar uma cerveja na outra", adicionou Wagner.
Os co-fundadores se conheceram nos anos 80, quando Wagner era um baixista de uma banda de rock e Koch alugava estúdios para ensaios em Los Angeles.  Eles dividiam uma paixão por boa cerveja e, em 1993, se re-encontraram por acaso quando ambos se matricularam na Universidade de California Davis para se tornarem mestre-cervejeiros.
Três anos depois, eles fundaram a Stone em um pequeno armazém em San Marcos.
Ao longo dos anos, a cervejaria acabou refletindo os valores dos sócios.  Koch é um ambientalista - e a cervejaria está instalando três estações de recarga para carros elétricos, incluindo o 'Volt' de Koch.  A Stone Farm existe porque os sócios insistiram em seu restaurante comprar produtos orgânicos locais.  Após descobrirem que um fornecedor, La Milpa em Escondido-CA, estava fechando, eles alugaram a área para cultivo de verduras e vegetais em março.
Mil Krecu, que irá gerenciar a Stone Farms


Koch and Wagner, farming novices, hired an agriculture veteran, Mil Krecu, to manage Stone Farm.
They knew little about the restaurant business, either, when the Bistro opened in 2006. The Liberty Station operation, which will inhabit a historic hall near the old Naval Training Center’s golf course, will incorporate lessons learned — a larger kitchen, say, and more beers on tap (40, as opposed to 32 in the Bistro).
Farm, restaurant, shop, headquarters expansion — have they bitten off more than they can chew, poured out more than they can drink?
Oddly, a different fear haunts Wagner.
“I’m afraid to answer my phone some days,” he said. “It’ll be another opportunity we’ll have to say no to.”

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